Lembro-me de em criança ler e ouvir falar imenso sobre o fim da gasolina. Supostamente, no início do XXI século o petróleo teria acabado, ou estaria próximo do seu fim. Ditava-se assim uma necessidade de encontrar soluções. E essas soluções sempre passaram pelas energias limpas.
Hoje, em já pleno século XXI, o petróleo continua sendo a principal fonte energética das nossas industrias e meios de transporte. As alternativas existem, mas são tão parcamente exploradas e as oportunidades de dedicação às mesmas tão rejeitadas e abafadas na máquina do capital petrolífero, que até a compra de carros eléctricos parece coisa de ficção científica.
Os parques eólicos são contestados per populações que se queixam quer do barulho dos aerogeradores que, os impedirá de dormir (?), quer do aspecto que os mesmos confiram à paisagem. Gostamos mais de respirar o fumo pesado e malcheiroso de fábricas e escapes de automóveis e motorizadas. E de ver a natureza violada pela mordaz fealdade dos gigantes de betão. Somos assim mesmo, ignóbeis e ignorantes.
Há cousa de mês e meio que na costa atlântica da América, uma fuga de petróleo - esse mesmo que estava para acabar, esse mesmo que é tão poluente que é preciso acabar com a sua dependência - lança valores tão exorbitantes de crude no oceano, valores que o comum humano nem consegue conceber concretamente, que a onda de poluição atinge já os 30 quilómetros de comprimento per 10 quilómetros de largura. 30 quilómetros é mais que a distância que separa Macedo de Cavaleiros da minha aldeia; Peredo. 10 quilómetros é metade da distância que separa A mesma cidade da vizinha Mirandela.
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Porque na próxima segunda-feira se cumprem cem dias do novo poder autárquico carrazedense.
Quisemos parafrasear o Manuel, poeta presidenciável, porém "o vento cala a desgraça o vento nada me diz".
Na
iminência da destruição de um rio, perguntou-se ao ribeiro da Veiga e
ninguém vê uma corrente sonhadora, apenas o lodo das águas. Esta terra
desfalece à beira de um ribeiro triste. Os rios continuam a correr para
o mar e a "minha gente" permanece nas margens ou a fazer telefonemas à
Edp para saber do nosso destino colectivo.
Pergunta-se à gente que
passa, notícias do nosso futuro, mas os seus sonhos moram muito longe e
afogam as suas mágoas em breves reencontros na margem de uma curva, em
bebedeiras de maduro, etc e tal.
Perguntamos aos montes que nos
rodeiam e deles ressoa o eco perturbador da inveja, da intriga, da
maledicência e da ingratidão. Há dias apoiou-se o que hoje parece
detestável. Calunia-se quem nos promoveu. Morde-se a mão que nos deu o
pão. Combate-se o que ainda há pouco se defendia. Maldiz-se quem nos
fez bem. Renega-se quem se adorou.
Pergunta-se à brisa que passa
silenciosa e ligeira por uma vila solitária e deprimida e a brisa nada
nos diz. Apenas o silêncio dos cemitérios, a quietude das obras de
Santa Engrácia, a apatia angustiante da desmotivação.
E haverá uma candeia que alumie, alguém que semeie canções, alguém que resista, alguém que diga não...???
Texto de José Alegre Mesquita
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O
Plano Nacional de Barragens de Elevado Potencial Hidroeléctrico
(PNBEPH) prevê a construção de dez novas grandes barragens nos
próximos anos.
A
energia hídrica faz parte das fontes renováveis que devem ser
activamente consideradas no âmbito de uma política energética
favorável a reduzir o uso de combustíveis fósseis, a dependência
energética do exterior e as emissões de gases de efeito de estufa
(GEE). Por isso, consideramos importante a existência de estudos
sobre esta matéria, os quais devem conter fundamentos de apoio à
decisão de construir ou não novas barragens.
Sabemos
que os empreendimentos hidroeléctricos, em especial os de grande
potência, têm impactes sobre a qualidade das águas, a
biodiversidade e o transporte de sedimentos que alimentam as praias
do litoral, assim como sobre a vida das populações onde incidem.
Por isso, estes estudos devem avaliar correctamente os custos
ambientais e socioeconómicos da construção de novas barragens,
como ponderar as alternativas energéticas que melhor concretizam os
objectivos da política de energia e combate às alterações
climáticas, nomeadamente em termos de custo-eficiência.
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BALANÇO EM TEMPO DE QUADRA NATALÍCIA
À dias num programa de uma rádio de Bragança, ouvi uns políticos falar sobre as contas do Municipio de Bragança, entre 2005 e 2009. Havia uma quantia de 4 milhões de euros, que não estava declarada etc. Todos sabemos como a Drª Berta Nunes eleita Presidente por Alfândega da Fé, veio a público denunciar a situação económica da autarquia e a “Surpresa” de aparecerem contas escondidas, que ninguém contava.
Nós por cá, o eleito Presidente do Município, concorda com uma “Auditoria” às contas e –segundo me revelou uma fonte – foi obrigado a votar favoravelmente a proposta que lhe foi apresentada. Porém, no passado recente, casos houve em que os assuntos das propostas aprovadas, não saìram da gaveta. Esperamos que não seja o presente caso.
O estado de graça do nosso Presidente, está a chegar ao fim. Vamos estar atentos a casos tão díspares como estes: - 1º - Carrazeda aguarda há mais de 1º (dez) anos pela aprovação do Plano Director Municipal, documento fundamental para o futuro desenvolvimento da terra. 2º.-Não menos importante é o funcionamento da Piscina Coberta, uma obra importante para o desenvolvimento das crianças e para manter em forma os séniores com aulas de Hidroginástica e natação .Aos problemas apresentados sobre este caso, foram apontadas soluções.3º- A empresa Àguas de Carrazeda, curiosamente o primeiro problema, que o Presidente teve de enfrentar, a falta de àgua para abastecimento público,- eu fui testemunha acidental deste caso- quanto ao abastecimento São Pedro deu uma ajuda, e o problema foi-se resolvendo, e os problemas com o pessoal e da dívida da Empresa Àguas de Carrazeda, S.A. à Autarquia?
Estes três casos, são certamente uma gota de àgua num oceano de problemas. Certo certo é que por algum lado, terão de aparecer soluções concretas. Foi acertada a ideia de denunciar a EDP, nas intenções desta Empresa sobre a futura barragem de Foz Tua, ficando visível a inércia dos negociadores, quanto ao nosso Município. No ar fica a questão. Com estes factos vai o José Luís Correia – Presidente do Municìpio de Carrazeda de Ansiães, fazer valer os seus direitos como tal e exigir para o concelho por parte da EDP, que esta cumpra com obrigações no caderno de encargos que tragam mais valias para o desenvolvimento de Carrazeda? !! Não falem em nome de São Lourenço, que isso é pecado invocar o nome do santo em vão e alguns pombalenses, gente honesta, não merece tal afronta.
Por aqui me fico, aguardando para poder aplaudir a resolução dos problemas apresentados. Na data festiva que se aproxima desejo a todos os leitores, aos, aos administradores do Blogue e ao aqui visado Presidente, um Bom Natal, cheio de esperança em melhores dias, com saúde e alegria. As prendas que o menino Jesus ou o Pai Natal vai trazer, que façam jus ao nosso desejo e imaginação.
Texto de Manuel Barreiras Pinto, publicado no Blog pensar ansiaes.
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Neste último ano da legislatura de um governo socialista e em vésperas de novo período de eleições vivemos um tempo particularmente difícil a nível mundial, nacional e, como não poderia deixar de acontecer, a nível local. Estamos já habituados a ter e a ser menos que os outros – leia-se, outras regiões do país, e por isso mesmo, maior tolerância temos à miséria e ao despojamento que nos infligem. Infelizmente, ontem, hoje e, desconfio, amanhã Lisboa e suas instituições continuarão a ter sobre o território nacional uma visão holística, na qual o todo se impõe ao particular e/ou às partes, esquecendo-se que são as partes que constituem esse todo e que há diferentes partes.
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