Barragem de Foz Tua é "excelente para a EDP e péssima para o país"
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Catarina Martins chamou ainda atenção para os problemas da interioridade, tendo observado que "para lá de cada medida concreta" estipulada no Orçamento do Estado, "é essencial que se pense as opções do país tendo em conta o longo prazo, o desenvolvimento de Portugal".

"Não podemos aceitar um projeto de desenvolvimento para o país que deixa uma parte do país para trás. Temos de falar do investimento numa lógica que promova a coesão territorial”, disse, tendo acrescentado que “só assim uma recuperação do país não deixará ninguém para trás".

Catarina Martins sublinhou que, "a ferrovia é seguramente um dos investimentos estruturantes do país", e nesse sentido o Bloco aguarda até ao final do ano da parte do governo um "plano nacional ferroviário que responda sobre as pessoas e a coesão territorial".

A dirigente bloquista referiu-se ainda à barragem do Foz Tua, que definiu como "excelente para a EDP e péssima para o país, as contas públicas e as populações" locais.

"Achamos que é um tremendo erro que tenha sido construída", declarou, acrescentando que há "contrapartidas" da construção da barragem que "não estão a ser asseguradas, desde logo o acesso à mobilidade da população", frisou.

O Estado, nesse sentido, deve "exigir" da elétrica uma "contrapartida para reativar" como serviço público a linha ferroviária da zona, advogou.

Sobre o Orçamento do Estado, Catarina Martins disse que "o Bloco de Esquerda cumpre os seus compromissos e este OE, objetivamente, aumenta rendimentos do trabalho, cumpre o compromisso de não precarizar e privatizar mais, de não aumentar os bens essenciais”.

“No deve e no haver, em 2017, quem vive do trabalho será mais respeitado e, por isso, o Bloco vai votar a favor na generalidade", avançou.