Abate de 14 mil sobreiros e azinheiras para a segunda fase da construção da barragem Foz Tua
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O Blocoo de Esquerda, questionou o Ministério do Ambiente , sobre o abate de 14 mil àrvores no Vale do Tua. A pergunta foi colocada pelo Deputado Pedro Soares. 

 

 O Governo autorizou o abate de mais de 14 mil árvores para a segunda fase de construção da barragem Foz Tua. Tratam-se de 1.484 sobreiros adultos e 643 jovens e 9.922 azinheiras adultas e 2.026 jovens.

Note-se que já antes, a 10 de outubro de 2011, o governo autorizou o abate de 1.104 sobreiros (935 adultos e 169 jovens) e 4.134 azinheiras(3.174 adultas e 960 jovens) no âmbito da construção desta barragem.

Na decisão, é invocada a utilidade pública, com caráter de urgência, da expropriação das parcelas de terreno necessárias à implementação da obra. O despacho prevê o abate em 111 hectares de povoamentos e pequenos núcleos de sobreiros e azinheiras.

O abate destas árvores é gravosa pela sua dimensão e também por se tratarem de espécies com proteção legal nacional e europeia e grande importância ecológica.

A EDP fica obrigada a medidas compensatórias, nomeadamente a arborização de 146 hectares com estas espécies.

O Bloco de Esquerda sempre se opôs à construção da barragem Foz Tua e apresentou propostas nesse sentido. A presente situação, a que se juntam os anteriores abates de árvores, o baixo contributo energético da barragem para o país e a riqueza da região que será destruída reforçam a necessidade de repensar a barragem.

Atendendo ao exposto, e ao abrigo das disposições constitucionais e regimentais aplicáveis, o Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda vem por este meio dirigir ao Governo, através Ministério do Ambiente as seguintes perguntas:

1.     Qual o total de árvores, por espécie, que foram e serão abatidas no âmbito da construção desta barragem?

 

2.     A EDP tem cumprido as medidas compensatórias a que está obrigada no âmbito da construção da barragem Foz Tua? A EDP compensou o abate autorizado em 2011? De que forma e em que estado está essa situação?

O Governo está disponível para suspender o abate destas árvores, nomeadamente optando pela suspensão do enchimento da albufeira da barragem?