Não fechem o país – Sem Escola não há futuro

O passado dia 21 de junho, ficou marcado por mais uma “machadada” na Escola Pública, através do anuncio sorrateiro do Ministério da Educação e da Ciência  do fecho de 311 escolas básicas em todo o país no âmbito do Programa “Reorganização Escolar”. E como sempre os mais prejudicados foram os distritos do interior do país. O distrito de Bragança foi também afetado com o encerramento de duas Escolas, a de Freixiel em Vila Flor e a do Cachão no concelho de Mirandela.

O Ministro Nuno Crato esta semana no Parlamento disse aos deputados que nenhuma escola foi encerrada a “régua e esquadro” e que o fecho  das escolas foram analisadas com máximo cuidado e justificando tal medida com a ausência de “condições pedagógicas” adequadas e “dar melhores condições de Educação e socialização aos alunos”. O Ministro teve tanto cuidado que se esqueceu do facto da escola de Freixiel ser uma das melhores do país, segundo o Ranking das Escolas de 2013 e que a Escola de Vilas Boas, local para onde as crianças se vão deslocar em setembro ficar a 15 km em estradas sinuosas e que a Escola do Cachão sofreu obras recentemente.

Esta medida vai prejudicar as população que vão ficar sem o sorriso das crianças em aldeias já envelhecidas, vai promover o desemprego de Professores e auxiliares de educação, acentuando o despovoamento e a falta de oportunidades no interior e provoca um esforço às crianças que têm de realizar deslocações de dezenas de km diariamente.

O Bloco de Esquerda de Bragança não pode ficar indiferente a mais este ataque ao interior do país e à suas populações,  consideramos que é mais um passo para o esvaziamento do interior e do distrito e o acentuar de uma país a duas velocidades, por isso o BE realizou ontem uma ação de campanha junto às populações e escolas de Freixiel e Cachão e colocou faixas “Não fechem o país - Sem escola não há futuro”. E continuaremos junto das populações a incentivar ações de luta contra a “Cratonice” destas medidas.

 

BE BRAGANÇA – 11/07/2014