Intervenção acerca do Orçamento Municipal de Bragança |
Pode ler aqui a intervenção do Deputado Municipal do BE, Luís Vale acerca do Orçamento para 2011, apresentado na reuinião ordinária da Assembleia Municipal de Bragança de 17/12/2010.
4.2.1 – Grandes Opções do Plano, Orçamento e Mapa de Pessoal - 2011
Exmos(as) Senhores(as), Perante a proposta que o executivo nos apresenta, documento que declaradamente consubstancia e caracteriza a gestão autárquica e as opções políticas deste executivo e que é uma sequência mais do que mimética daquilo que nos tem sido apresentado nos anos anteriores, uma vez mais, vemo-nos na contingência de reafirmar o nosso desacordo com a essência e estrutura do mesmo. Por discordância política e por exercício reflexivo de oposição e alternativa consideramos que outra forma de estar e fazer é possível.
Num contexto social e económico como aquele que actualmente experimentamos impõe-se uma sociologia das emergências que procure substituir o vazio do futuro segundo o tempo linear – um vazio que tanto é tudo como é nada, indeterminado e hipotético até ao infinito, por um futuro de possibilidades plurais e concretas, tanto pragmáticas como, e porque não, utópicas, que se vão construindo no presente através das actividades de cuidado. E isto não se sente por cá, este executivo não fez, não faz, e pelos vistos, não fará… senão vejamos:
Para última ideia, deixámos propositadamente a razão principal pela qual não votaremos favoravelmente esta proposta. É que tal como sabem, no início deste ano de 2010, em 26 de Fevereiro, o BE apresentou nesta A.M. uma proposta, votada favoravelmente, de implementação de prática de “orçamento participativo” o que, de facto e hoje comprovamos, não foi realizado. Aliás, na última A.M. realizada em Setembro, questionado pelo BE, o Sr. Presidente teve a oportunidade de informar esta Assembleia da impossibilidade dessa implementação para 2011. O que lamentamos. A verdade é que a Câmara Municipal não fez qualquer esforço no sentido dessa implementação. Mais, parece-nos que não terá sido uma inevitabilidade, mas sim e uma vez mais, por opção política e de gestão, o que seria legítimo não fora a referida aprovação desta Assembleia.
|