No passado dia 29 de
Junho ,realizou-se a Sessão Ordinária da Assembleia Municipal de Vila Flor na
qual como não podia deixar de ser, o assunto predominante da semana passada em
relação às festas de Mourão e à chamada "Queima do gato" não ficou
alheio.
Depois de muito debatermos sobre o assunto,
conseguiu-se que a Assembleia Municipal toma-se uma posição mais unanime
possível, tendo em vista uma defesa condigna dos nossos conterrâneos, focando
sempre a opinião individual que enriquece a democracia e a própria visão que
temos dos acontecimentos. O nome de Vila Flor foi alvo de várias noticias e
opiniões e não pelas melhores razões
. A tradição da
“Queima do Gato” que desde já abomino como prática tradicional, mas por outro
lado, não posso compactuar com a maioria dos comentários feitos nas redes
sociais, considerando que todos os Vilaflorenses se reviam naquela prática e
por sua vez foram insultados e ameaçados verbalmente, a ameaça nunca é solução
em um estado democrático.
Em relação à tradição propriamente dita, acho
que toda gente está com receio de esclarecer uma posição. Acho que algumas
tradições são importantes para manter a história de um povo, mas ao mesmo tempo
a sociedade evolui e estas, têm que evoluir em concordância e serem abolidas.
Esta situação não deve
marcar um concelho que sempre impera pela boa conduta democrática pela arte de
bem receber. Não podemos ser injustos para com os cidadãos, que já muito tem
sido sacrificada com o encerramento de vários serviços públicos e pelos vários
ataques de governos que apenas têm a perspetiva de cortes e mais cortes, não
olhando a meios.
Posto isto, acho que se deve reflectir sobre
este tipo de tradições, de potenciarmos a nossa riqueza, as nossas paisagens,
os nossos produtos regionais ou seja, de provarmos o valor que temos enquanto
Transmontanos e Vilaflorenses.
Jóni Ledo, Deputado
Municipal do Bloco de Esquerda na Assembleia Municipal de Vila Flor
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