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Peticionários insistem em travar barragem de Foz Tua Imprimir e-mail

nb_foztua_antevisao_01_0.jpgEsta sexta-feira deu entrada no Parlamento uma nova petição contra a barragem. Apesar do parecer favorável da Unesco, o movimento em defesa do Vale do Tua defende que o assunto está longe de ficar encerrado e promete opor-se a esta PPP que põe "todo o risco do lado dos contribuintes e todo o benefício da parte do concessionário".

 

 

A petição recolheu mais de 5500 assinaturas contra a "iminente destruição do Vale do Tua, um dos últimos rios da Europa em estado natural e um dos mais belos de Portugal". Entre os apoiantes encontram-se várias associações ambientalistas e de desenvolvimento local, que explicam porque é que a barragem "não é necessária" e que os "míseros 0,1% da energia do País" que irá produzir estão longe de compensar os danos que porão em causa a classificação do Alto Douro Vinhateiro como Património da Humanidade. 

Mas os prejuízos da construção da barragem irão também refletir-se no bolso dos consumidores de energia, defendem os peticionários. "Com estas barragens, durante os 75 anos das concessões, as famílias e empresas pagarão uma electricidade 10% mais cara (em cima dos aumentos já previstos), a favor das empresas eléctricas, das grandes construtoras e da banca", diz o texto da petição. 

"As migalhas espalhadas pela EDP nunca compensarão a destruição dos valores e identidade desta maravilhosa região", acrescentam os peticionários, sublinhando que "não se pode comparar um património único, de beleza e valor extraordinários, com os benefícios marginais desta obra" que "destruirá irreversivelmente solos agrícolas e habitats ribeirinhos raros, porá em risco espécies ameaçadas e protegidas, criará riscos adicionais de erosão no litoral devido à retenção de areias, e provocará inevitavelmente a degradação da qualidade da água". 

Em resposta à decisão da UNESCO que considerou compatível a construção da barragem com o Douro Património Mundial, a Plataforma Salvar o Tua diz que se trata de "uma decisão lamentável" que ignorou os dois relatórios enviados pelos ambientalistas a dar conta dos "elevados impactes negativos" da obra da EDP. Os relatórios apontavam ainda "a ausência de estudos que demonstrem o risco de alteração climática que pode afetar a produção dos vinhos do Douro e Porto".

“O programa de barragens representa o terceiro grupo de PPP, a seguir às ex-Scuts e às infraestruturas de saneamento básico, e com a agravante de ter danos muito mais graves e de menor utilidade”, disse à agência Lusa o dirigente da GEOTA que esteve presente na entrega da petição na Assembleia da República. Quanto à decisão da Unesco, João Joanaz de Melo afirmou que "ainda agora a procissão vai no adro. O que existe neste momento é perfeitamente reversível".

 
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