Em oito concelhos do distrito de Bragança fecharam os SAPs no horário nocturno. Os hospitais de Mirandela, Macedo de Cavaleiros e até Bragança vêem-lhes ser retirados médicos e especialidades.
O governo desinveste na saúde pública encerrando unidades e serviços, criando vazios que a iniciativa privada preencherá. O negócio da saúde é um dos mais apetecíveis.
No distrito preparam-se para abrir dois hospitais privados. Por todos os concelhos do distrito abriram ou estão em fase de abertura clínicas privadas com diversas valências e que serão sem qualquer dúvida postos avançados de captação de clientes para o negócio da saúde privada.
A tudo isto, o poder local assiste mais ou menos impávido e sereno, sem expressar grande desacordo e sem tentar mobilizar as populações para a luta necessária da defesa da saúde pública.
Nas próximas autárquicas, ficarão desempregados, por imperativos legais, vários autarcas. Pergunta-se, por quem irão ser preenchidos os lugares de gestores destas unidades privadas de saúde?
“No creo en brujas, pero que las hay, las hay”?
Texto de José Alegre Mesquita