O Bloco de Esquerda acredita ser possível salvar a linha do Tua e prolongar a via férrea até Bragança com ligação à rede de alta velocidade. O deputado Heitor de Sousa e membro da Comissão de Obras Públicas, Transportes e Comunicações da Assembleia da República, participou numa conferência de imprensa no Tua, onde a linha se encontra encerrada há há mais de dois anos, desde o último de quatro acidentes que confinaram a circulação ao troço entre o Cachão e Mirandela.
Em declarações à Lusa, o parlamentar disse que “se o desfecho do processo, (já iniciado) de classificação da linha do Tua como monumento nacional for positivo, haverá maior possibilidade de êxito da iniciativa parlamentar.O IGESPAR, Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico abriu o processo de classificação pedido por um grupo de personalidades de diferentes quadrantes da sociedade.
Embora a ministra da Cultura, Gabriela Canavilhas já tenha dito que o processo de classificação não interfere com a barragem, o deputado do BE discorda e considera que “a lei obriga a que enquanto estiver a decorrer o estudo não possa ser realizada nenhuma obra que afecte o património em processo de classificação.A obra, que tem gerado a controvérsia em torno da linha é a barragem de Foz Tua que vai submergir 16 quilómetros da última via férrea do Nordeste Transmontano e que a EDP espera começar a construir antes do final do ano.Durante a conferência de imprensa foi colocada uma faixa na ponte desactivada da linha do Tua, em que diz: “ Tiraram-nos o Comboio!” “ Rio Tua Livre”
Bragança e Viseu são, segundo o deputado, as duas capitais de distrito portuguesas que não estão servidas por comboio.
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