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O fecho de escolas reforça o despovoamento do interior transmontano |
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 O Ministério da Educação divulgou a lista de escolas do 1.º ciclo com menos de 21 alunos que já não abrem em Setembro. A lista final mostra que há concelhos que ficam reduzidos a uma escola. Trás-os-Montes é uma das regiões mais afectadas por esta medida. Entre os concelhos que ficam reduzidos aos mínimos, seis são da região: Alfândega da Fé, Carrazeda de Ansiães, Freixo de Espada à Cinta, Murça, Sabrosa e Peso da Régua. Esta medida demonstra bem o desprezo da administração central e local para inverter os fortes índices de despovoamento e de abandono do território.
A uniformidade do cálculo que esteve na base do encerramento de escolas não contempla realidades diferentes entre o meio rural e o meio urbano. A nossa realidade é completamente diferente dos grandes centros urbanos e como tal deve ser diferenciada, isto é, despojada da régua e esquadro burocráticos dos gabinetes da capital. Acreditamos que a defesa da escola rural é uma condição fundamental para fixar as populações.
Por outro lado, a lógica de concentração de serviços e a política do betão desencadeou a construção de infra-estruturas escolares, quantas vezes mal enquadradas e dimensionadas e abandona o património público que poderia ser requalificado e reutilizado, acarretando o desbaratar de dinheiros públicos.
O Bloco de Esquerda reitera que o encerramento compulsivo das escolas em ambiente rural demonstra uma clara falta de estratégia do Governo para o mundo rural, acelera o seu despovoamento e reforça o seu isolamento e exclusão. 24 de Agosto de 2010 A Comissão Coordenadora Distrital de Bragança
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