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Sob rasura Imprimir e-mail

vale.jpgAs medidas de austeridade recentemente anunciadas pelo Primeiro Ministro e pelo seu Ministro das Finanças vieram definitivamente consolidar a ideia de incompetência e de alienação que a generalidade dos portugueses tinham em relação a este governo e aos seus membros. Tudo aquilo que nos tem sido dito, | ao longo destes últimos anos, não existia, não acontecia e não era. Aquilo que não nos diziam, existia, acontecia e era. Portugal viveu (e vive) assim, distorcido de si mesmo. Neste momento, concerteza, não haverá um único português que não se questione e não receie tudo o quanto ainda poderá sofrer num futuro próximo – ainda nos últimos dias, confrontado com a previsão de uma recessão portuguesa em 2011, realizada pelo FMI, o Ministro Vieira da Silva assobiou para o lado, dizendo que esse organismo já anteriormente se enganou em relação às previsões para Portugal e, portanto, esta previsão será apenas mais um engano, claro. Face à violência de tudo aquilo que foi anunciado, curiosa (ou não) é a atitude dos órgãos de comunicação social que, num frenesim diário, vão difundindo em massa a inevitabilidade desse nosso “fado”.

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Ensino, Centenário e Inauguração Imprimir e-mail

48892_784944107_9030_n.jpgCom cerca de 3/4 de analfabetos, a implantação da República em 1910 marca um ponto de viragem revolucionário no contexto ideológico e programático da educação nacional. Se o estado desastroso do ensino era da responsabilidade do Estado, os republicanos pensavam (agora percebe-se a ingenuidade) quão fácil seria mudar; bastaria tão só um esforço legislativo. E assim se fez, com visíveis repercussões, como conclui Oliveira Marques - “o grande mérito da 1.ª República está na capacidade para fornecer a legislação e o enquadramento para uma revolução do ensino em Portugal”.
A reforma data de 1911 e tem particular incidência no ensino primário e superior. O ensino primário é confiado aos municípios. Criam-se três escolas Normais (de formação de professores): Lisboa, Porto e Coimbra. São fundadas as universidades de Lisboa e Porto. As escolas comerciais e industriais foram-se generalizando. É reestruturado o Ministério da Instrução Pública.
A instabilidade política e os fracos recursos económicos não deixaram a República chegar mais longe, mas o país ficou marcado por esta revolução legislativa profunda. O reformador à época, Newton de Macedo, refere que obra da República em matéria de ensino bastaria só por si para justificar a mudança de regime em 5 de outubro.
No entanto, os resultados conseguidos foram pouco satisfatórios, o analfabetismo pouco diminui (cerca de 10%) e o panorama da instrução em Portugal era ainda tremendamente desanimador. Faltou essencialmente dinheiro para consumar a reforma na modernização e construção de equipamentos.
Com o Estado Novo, a destruição de todo o espírito de renovação trazido pela República começou pela escola. Salazar apregoa: “analfabetos eram os marinheiros do Gama e chegaram à Índia”. De carácter fortemente ideológico, centrada na divulgação dos valores da pátria, família e autoridade, a política educativa visava formar uma juventude subserviente e passiva. A aposta nas obras públicas com a construção de numerosos edifícios públicos escolares não mascarou uma taxa de 1/4 da população de analfabetos e um baixo índice de escolaridade a que chegámos em 1974. Porém, a obra física é ainda bem perceptível.
Com o 25 de Abril, o sistema educativo em Portugal alterou-se profundamente. A diarreia legislativa com reformas e contra-reformas geraram entropia no sistema que redundaram em níveis de escolaridade ainda muito baixos; desempenhos deficientes dos nossos alunos quando comparados com países mais desenvolvidos e ainda uma taxa de analfabetismo de quase 10%.

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Mão severa no mexilhão Imprimir e-mail

100_1931www.jpgDesde o passado dia 29 de Setembro que é manchete o plano de austeridade que o governo voltou a apresentar em dia, e à hora, de jogo do Benfica. Tanto que eu, benfiquista assumidamente doente, ouvia as declarações do Primeiro Ministro enquanto via o jogo do meu glorioso. O Braga jogara no dia anterior, Porto e Sporting jogavam Quinta-Feira, não descurando o grande jogo de Domingo, na Luz, entre os dois "milionários". Passado pouco mais de uma semana jogava a selecção cujos resultados e polémicas provoca(va)m o burburinho que sabemos e isto num país que, como já disse num outro artigo, pela bola tudo esquece. E que seria de nós sem a bola, de que haveríamos de falar, que assuntos seriam mais importantes que a absurda querela entre F.C.P. e S.L.B. lançada à duas décadas pelo senhor Jorge Nuno?

Adiante. Que melhor altura para lançar a público, e logo depois da "atenuante" visita do secretário geral da OCDE que, aconselhava exactamente medidas austeras para a recuperação económica de um Portugal que desde há 300 anos, só em 41 de regime ditatorial conseguiu alguma estabilidade que, em semanas tão importantes no que diz respeito ao futebol?

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Centenário da república portuguesa Imprimir e-mail

vale.jpgNesta data particular em que assinalamos 100 anos sobre o 5 de Outubro de 1910, a República não se deve resumir à contemplação estática do passado, enumerando todas as suas virtudes e/ou todos os seus defeitos. Querendo aqui transpor o domínio da retórica fácil das evocações nostálgicas, poderemos iniciar por questionar:


- O que foi a República?
Já Antero de Quental respondeu, advertindo:
“A República não é somente o direito abstracto e filosófico proclamado com paixão aos ventos do vago céu da história; é o direito económico, fiscal, administrativo, prático e palpável, realizando-se palmo a palmo, visivelmente, experimentalmente, na sociedade de cada dia, na vida de cada hora, no indivíduo como na colectividade, encarnando nos factos e movendo-se como a realidade mais palpitante.”

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País inclinado Imprimir e-mail

tiago_gillot.jpgAntónio Mendonça insinuou que o baixo número de utilizadores da Linha do Tua não justifica a sua manutenção. O ministro das Obras Públicas não tem só falta de jeito: pensa mesmo assim.

 

(Tiago Gillot) 

“Quase mais vale dar um carro a cada um por ano, incluindo o combustível, que ficava mais barato”. Foi assim que, numa passagem pelo parlamento no final da semana passada, António Mendonça se referiu Linha do Tua, insinuando que o baixo número de utilizadores não justifica a sua manutenção. O ministro das Obras Públicas não tem só falta de jeito: pensa mesmo assim.

E está, infelizmente, longe de ser o único. Basta notar as declarações do secretário de Estado dos Transportes, Carlos Correia da Fonseca, quando tentava vir em defesa da gaffe do ministro: “ninguém está a abandonar as populações, as populações é que têm vindo a abandonar o interior”. Ou seja, a culpa é das pessoas: elas é que não aguentam.

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Os dilemas das barragens Imprimir e-mail

ricardo_coelho.jpgEstamos num país onde o desperdício de energia atinge os 60%. Perante isto, a prioridade deve ser a gestão da procura, não da oferta, conforme tem sido defendido pelas ONGs ambientalistas.

 

opiniao | 30 Junho, 2010 - 00:20 | Por Ricardo Coelho

 

 

O debate sobre as barragens encontra-se sempre condicionado pela chantagem que consiste em escolher entre a água e o carvão. Mas apenas faz sentido ter este debate tendo em conta as implicações da opção hidroeléctrica para os dilemas ecológico, social e energético. Vejamos então como se comporta o Plano Nacional de Barragens (PNB).

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