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"Gato e Vila Flor" Imprimir e-mail

No passado dia 29 de Junho ,realizou-se a Sessão Ordinária da Assembleia Municipal de Vila Flor na qual como não podia deixar de ser, o assunto predominante da semana passada em relação às festas de Mourão e à chamada "Queima do gato" não ficou alheio.

 Depois de muito debatermos sobre o assunto, conseguiu-se que a Assembleia Municipal toma-se uma posição mais unanime possível, tendo em vista uma defesa condigna dos nossos conterrâneos, focando sempre a opinião individual que enriquece a democracia e a própria visão que temos dos acontecimentos. O nome de Vila Flor foi alvo de várias noticias e opiniões e não pelas melhores razões

. A tradição da “Queima do Gato” que desde já abomino como prática tradicional, mas por outro lado, não posso compactuar com a maioria dos comentários feitos nas redes sociais, considerando que todos os Vilaflorenses se reviam naquela prática e por sua vez foram insultados e ameaçados verbalmente, a ameaça nunca é solução em um estado democrático.

 Em relação à tradição propriamente dita, acho que toda gente está com receio de esclarecer uma posição. Acho que algumas tradições são importantes para manter a história de um povo, mas ao mesmo tempo a sociedade evolui e estas, têm que evoluir em concordância e serem abolidas.

Esta situação não deve marcar um concelho que sempre impera pela boa conduta democrática pela arte de bem receber. Não podemos ser injustos para com os cidadãos, que já muito tem sido sacrificada com o encerramento de vários serviços públicos e pelos vários ataques de governos que apenas têm a perspetiva de cortes e mais cortes, não olhando a meios.

 Posto isto, acho que se deve reflectir sobre este tipo de tradições, de potenciarmos a nossa riqueza, as nossas paisagens, os nossos produtos regionais ou seja, de provarmos o valor que temos enquanto Transmontanos e Vilaflorenses.

 

Jóni Ledo, Deputado Municipal do Bloco de Esquerda na Assembleia Municipal de Vila Flor

 
Sondagens, mini vans e Ensino Superior Imprimir e-mail

gilpretoebranco.jpgA recente sondagem publicada no jornal “Mensageiro de Bragança” atribuí-me 0,80% de intenção de voto para as eleições autárquicas que irão decorrer a 29 de Setembro. Este facto de momento não me preocupa em demasia nem é minha intenção adquirir mini vans e desatar a correr as feiras e pelouros pelas freguesias aos beijinhos a abraços. De momento outros fatos me preocupam e dos quais se tem falado muito pouco, ou quase nada. O Projeto de Resolução 688/XII apresentado pelo PSD/CDS/PP que visa rever as missões dos Politécnicos e Universidades é demasiado generalista e muito vago. Trata-se de um violento ataque aos Institutos Superiores Politécnicos.

A rede dos Institutos Superiores Politécnicos, contrariamente ás Universidades, encontra-se equititativamente distribuído pelo país, inserindo-se nas regiões mais isoladas e carenciadas, trazendo os benefícios económicos amplamente conhecidos com base em diversos estudos divulgados, de acordo com estes o Instituto Politécnico de Bragança representa 11% de impacto em termos de PIB tendo ainda um efeito multiplicador na criação de emprego de 5.

Face a estes dados concretos entendemos que urge trazer esta discussão a público, o reforço das competências da requalificação dos CET’S em cursos superiores de curta duração poderá eventualmente ser positivo não pode no entanto ser esta uma condição que leve à perca de competências como os mestrados.

A proposta que impede que impede os cursos superiores que tenham registado uma média de de inscrições no 1.º ano inferior a 10, no conjunto dos anos lectivos de 2011-2012 e 2012-2013 não possam abrir, (Na actual legislação 10 era o limite a partir do qual o Estado financiava novas admissões) vai levar ao encerramento de centenas de cursos maioritariamente no interior. O Bloco de Esquerda e a minha candidatura bater-se-á por este gravíssimo ataque aos Institutos Superiores Politécnicos que a ter sucesso levará ao definhamento em definitivo da região.

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Êxodo urbano, novos povoadores e a reconquista do nordeste... Imprimir e-mail

vale1.jpgLi hoje no jornal Mensageiro de Bragança a notícia de que o primeiro de cinco casais que já estava instalado no concelho de Alfândega da Fé, à cerca de um ano e ao abrigo do programa de repovoamento rural Novos Povoadores, abandonou o projecto e regressou ao litoral, de onde eram originários. Na mesma notícia, a actual presidente da respectiva Câmara Municipal admitiu que apesar de ter achado interessante e ter apoiado o projecto, sempre desconfiou da sua aplicabilidade e sucesso. Este era apenas o primeiro casal que o projecto, em fase piloto, conseguiu transferir e com esta desistência, os responsáveis pelo projecto serão obrigados a encontrar um casal em condições de substituir aquele que saiu.

Alguém terá ficado surpreendido com esta notícia? Não sei, mas eu não fiquei nada surpreendido. Admiro até como foi possível esse casal aguentar cerca de um ano longe de todas as suas referências e do seu "habitat natural". Não quero com isto dizer que este movimento é contra-natura, pois até considero o projecto teoricamente interessante, mas a verdade é que não é nada fácil, hoje em dia, trocar o conforto e as acessibilidades do espaço urbano pelo desconforto e distâncias dos territórios rurais e do interior do país. A promoção dos territórios rurais é importante e parte da fundamentação deste projecto assenta nas enormes assimetrias existentes no território nacional e na importância de tentar contrariar a forte tendência para a litoralização demográfica. Isso pode, de facto, acontecer através de um êxodo urbano, mas será sempre um esforço incomensurável e provavelmente, inglório.
Apesar da simpatia que o projecto me merece, penso que para quem conhece um pouco a realidade dos territórios ruais deprimidos e suas comunidades, não deixa de ser uma ideia romântica pensar que esses novos povoadores seriam um caminho para o repovoamento e a solução para todos os problemas dessas comunidades e territórios. Não são. Aliás, um dos problemas deste projecto é mesmo essa mensagem virginal, naturalista e idílica do mundo rural que desde logo me remete para as reminiscências de um ideário pastoral - movimento literário com forte expressão na segunda metade do século XIX - que exaltava o mundo rural por oposição à vida urbana.
Produzida por citadinos, a sensibilidade pastoral é gerada por um desejo de se retirar face ao poder e complexidade crescentes da civilização. O que é atraente no pastoralismo é a felicidade representada por uma imagem da paisagem natural, um terreno intocado ou, se cultivado, rural. O movimento em direcção a esta paisagem simbólica pode também ser entendido como um movimento para longe de um mundo artificial (...). Noutras palavras, este impulso dá azo a um movimento simbólico para longe dos centros da civilização em direcção ao seu oposto, natureza, para longe da sofisticação em direcção à simplicidade, ou, para introduzir a metáfora principal do modo literário, para longe da cidade em direcção ao campo. (Marx, 1967 in Silva, 2009)
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Vígaros e vigarices Imprimir e-mail

48892_784944107_9030_n.jpgCerca de 50 habitantes, na maioria idosos, da aldeia de Rego de Vide, em Mirandela, dizem ter sido enganados por agentes comerciais da Meo. Este conto do vigário conta-se por poucas palavras: os representantes do serviço de cabo da PT terão dito aos residentes que só celebrando um contrato com a Meo seria possível terem a TDT (Televisão Digital Terrestre). A falta de informação e a natural honradez desta "boa" gente, fez com que os interpelados assinassem o respetivo contrato. Só depois, é que os habitantes descobriram que bastava comprar um pequeno aparelho para continuar a ter acesso aos quatro canais de televisão.

Este é um caso exemplar para refletirmos na ingenuidade do povo face aos vendedores da "banha da cobra", quer sejam amigos do alheio, funcionários de grandes empresas, vendilhões do templo, políticos ou outros que tais. Aproveitam a natural simplicidade, a desinformação e o chico-espertismo para ludibriar e obter benefício da nossa "boa" gente.
Estes "vigaristas" podem dividir-se em duas categorias: um, o vulgar amigo do alheio, é objeto da fúria comunitária e tem a justiça dos homens à perna (e bem!); os outros, os "vígaros" permitidos, pavoneiam-se por aí, riem-se dos "parolos", recolhem penitências e dízimos, engordam os lucros, aproveitam-se do erário público e passam sempre incólumes na malha da justiça dos homens e na misericórdia popular (e mal!). 


Voltamos ao presumível "conto do vigário" apresentado à população de Rego de Vide. A PT informa (aqui) laconicamente a nação que pretende esclarecer o caso. Sosseguem as consciências e acabem-se os murmúrios: a poderosa companhia portuguesa vai investigar e produzirá esclarecimentos. No meio desta magnanimidade parece escapar um pormenor que deveria fazer-se antes das inquirições: não será que os habitantes do Rego de Vide apenas desejam o cancelamento dos contratos realizados e lhes seja devolvido o dinheiro?

Texto retirado de Pensar Ansiães:

http://pensar-ansiaes.blogspot.com/

 
Paga e não bufes! Imprimir e-mail

alegre_mesquita.jpgNo final do ano, as Finanças encheram as caixas de correios dos contribuintes de coimas por infrações diversas, particularmente, atrasos no pagamento do imposto único automóvel. “Por motivos”, no transato ano fiscal, as penas pecuniárias, de forma mágica, acumularam-se e reportaram a vários anos fiscais. Se a multa serve de penalização ao infrator, tem também uma cambiante pedagógica e é elemento dissuasor a putativas transgressões posteriores. Com a acumulação, claro que esse papel não se cumpre.  

A multa dói, mas, sem alternativa, há que “pagar e não bufar”. No entanto, há aqui uma nuance que merece uma reflexão porque injusta e aparentemente ilegal. Assim, as notificações são feitas em correio registado, porém, por motivos de contenção de despesas segredou-me um passarinho, a Repartição de Finanças considera notificado o infrator tributário, no momento, em que a correspondência entra na caixa de correio, valendo, tão só, a assinatura do carteiro e não a entrega em mão ao destinatário. Para o sistema fiscal o prazo de pagamento vale a partir deste ato, quer o contribuinte não se encontre na residência ou por qualquer razão não abra a sua caixa do correio. Se por estes ou outros motivos se atrasar no pagamento, um dia que seja, rapidamente nova coima vem a caminho, bem mais onerosa, triplicando ou quadruplicando o primeiro valor.
A chamada “máquina fiscal” de forma inapelável, injusta e até ilegal trucida desta forma abusiva os contribuintes por mais cumpridores que pretendam ser. Portanto…
 
Documento de uma só cor Imprimir e-mail
vale1.jpgDepois de vários meses em que o tema de uma Reforma Administrativa esteve na agenda política e mediática, finalmente ficámos a conhecer o “Documento Verde” que fundamenta e descreve os processos de tal reforma. Numa apreciação global, poderei começar por considerar que as propostas deste “documento de uma só cor” não servem para o país, nem para as suas populações e comunidades e quero, desde já, também, manifestar a minha preocupação perante a possibilidade desta reforma vir a acontecer nos moldes propostos pelo actual governo.
Por exemplo, é mentira que as autarquias locais tenham um peso significativo no Orçamento de Estado, pois as 4259 freguesias existentes em Portugal representam apenas 0,13% da despesa do Orçamento de Estado. Mas a minha argumentação não é economicista.

É, agora, mais do que evidente que estamos perante o maior ataque de sempre à democracia local, nascida no 25 de Abril e que os acordos com a troika não passam de pretextos para a aplicação dos velhos projectos do PS e PSD, de alteração das leis eleitorais autárquicas, reforçando o bipartidarismo, a centralização do poder e a limitação drástica da autonomia do poder local, consagrado na Constituição.
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