Nos
últimos 10 anos Portugal assistiu a alterações profundas na dinâmica
cultural do país, que não foram, no entanto, | acompanhadas do necessário
investimento financeiro, nem de corpo legislativo que assegurasse o
serviço público que se exige nesta área.
O
Bloco de Esquerda assumiu como eixos prioritários na política cultural
o acesso das populações à fruição de bens culturais e a meios
de produção artística e cultural, a salvaguarda do património cultural
material e imaterial, e os direitos laborais dos profissionais do sector
cultural.
Estes
eixos exigem a tomada de posições, e a elaboração de iniciativas
legislativas, relativas a modelos de financiamento da cultura, cartas
de missão de equipamentos culturais e estatuto e certificação profissionais.
Para que este percurso
ambicioso se faça com conhecimento do terreno e com os contributos
dos agentes culturais locais e nacionais, a deputada Catarina Martins,
responsável pela área da Cultura na Assembleia da República, irá
promover um conjunto de sessões públicas descentralizadas sobre
política cultural, percorrendo os vários distritos do país, entre
os meses de Janeiro a Março.
O
Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda gostaria,
deste modo, de a/o convidar a estar presente, na sessão pública
que tem lugar no dia 8 de Fevereiro, em Bragança,
no Auditório Paulo Quintela, às 21h30.
Nesta
sessão, e nas que se seguem, debateremos questões relacionadas com
a criação de cartas de missão para os equipamentos culturais, incluindo
definição de objectivos de programação, serviços pedagógicos,
requisitos técnicos e humanos, contratos-programa de financiamento
e concursos para direcção, assim como questões relativas ao equilíbrio
entre regulamentação nacional e autonomia local, regulamentação
de redes e financiamentos directos e indirectos à criação e difusão
artística.
Foi
ainda criado um fórum online sobre trabalho e qualificação no sector cultural, que está
aberto aos contributos de todos os profissionais e interessados nesta
área, e será dinamizado pelo Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda .
Foi com estupefacção que a
Coordenadora do Bloco de Esquerda de Bragança recebeu oPIDDAC para 2010. Não restam dúvidas, de uma
vez por todas o Governo coloca Trás-os-Montes fora do mapa de Portugal.
Inscrevendo uma verba pouco superior a um milhão de euros para o distrito de
Bragança, o Governo adopta, no mínimo, uma atitude provocatória para com as
populações e os contribuintes do distrito. Governo este que ainda há pouco foi
eleito para novo mandato, também por eleitores de Bragança. Melhor seria não terem
inscrito qualquer verba neste documento. Mais honesto teria sido escreverem no
documento que o território de Bragança deixou de ser tido em conta por Lisboa e
que aguardam paciente e paliativamente o desaparecimento (morte e migrações)
das suas populações.
O BE Bragança sugere: entreguem
a região a Espanha ou à Galiza que, concerteza, não será tão mal tratada. Ou
então optem por uma solução tipo Madeira: região autónoma de Trás-os-Montes e
dotem-na de verbas idênticas às da Madeira. Aí sim.
A greve nacional de enfermeiros está a ter forte adesão no distrito de Bragança.
De acordo
com Paula Silva, da delegação transmontana do Sindicato dos Enfermeiros
Portugueses, em seis dos 12 centros de saúde do distrito houve uma
adesão de cem por cento, e de 90 por cento em outros cinco.
Apenas em Vimioso a adesão à greve se ficou pelos 40 por cento.
“Temos uma
adesão bastante boa. Em Carrazeda, Freixo, Macedo, Torre de Moncorvo,
Mirandela e Mogadouro a adesão foi de cem por cento e de 90 por cento
em cinco outros”, sublinhou.
O Centro
de Saúde de Macedo de Cavaleiros é um dos mais afectados. Mas, esta
manhã, eram poucos os utentes que deram pela falta de enfermeiros.
O Parque Natural do Douro Internacional (PNDI), com uma extensão de 120km e uma área de 85 mil hectares, foi criado em Maio de 1998, altura em que foi dotado, pelo Decreto-Lei n.º 8/98, de 11 de Maio, de um quadro de pessoal composto por 7 técnicos superiores, 3 administrativos e 8 vigilantes da natureza. Nunca tendo o quadro de pessoal preenchido, esta situação foi-se agravando até Outubro de 2009, altura em que este Parque Natural perdeu o seu último vigilante Natureza que trabalhava a meio-termo. Actualmente, o PNDI possui 4 técnicos superiores, 2 administrativos e nenhum vigilante da natureza.
De realçar que logo ao lado, em Espanha, o Parque Natural de Arribes del Duero conta com a vigilância de 9 agentes do meio ambiental. Neste contexto, o Bloco de Esquerda questiona o Governo, através do Ministério do Ambiente e do Ordenamento do Território, sobre como justifica o Ministério a falta de preenchimento do quadro de pessoal e a total ausência de vigilantes da natureza, assim como a insuficiência de viaturas, no Parque Natural do Douro Internacional? Considera o Ministério que a gestão e preservação desta importante área protegida são possíveis nestas condições? Qual a situação das restantes áreas do país? Quando prevê o Ministério o preenchimento das vagas para vigilantes da natureza? E dos restantes profissionais, de acordo com as exigências do quadro de pessoal? Que medidas vai o Ministério tomar para dotar o PNDI de condições para a sua adequada gestão, nomeadamente em termos de materiais e equipamentos, como sejam viaturas? Veja aqui as perguntas ao Governo.