O documentário de Jorge Costa, estreado no passado dia 25 de abril na RTP2, atingiu já 100 mil visualizações na net. O documentário retrata a proteção do Estado às famílias que dominaram a economia do país durante 100 anos, as suas estratégias de conservação de poder e acumulação de riqueza.
Chegou ao conhecimento do Bloco de Esquerda uma informação que dá conta da tentativa de silenciamento das/os funcionárias/os da Unidade Local de Saúde (ULS) do Nordeste, que tem cerca de 2000 funcionárias/os, distribuídas/os por três hospitais, quinze centros de saúde, três serviços de urgência básica do distrito de Bragança e de Vila Nova de Foz Coa.
De acordo com as informações a que o Bloco de Esquerda teve acesso, terá sido distribuído um documento interno onde é solicitado às/aos funcionárias/os que denunciem ao Gabinete de Comunicação e Imagem a presença de jornalistas, recolhendo imagens ou sons, nas instalações que compõem a ULS do Nordeste ou nas suas imediações.
Esta solicitação será justificada com a necessidade de definir e uniformizar a metodologia de relação institucional entre a ULS do Nordeste e a comunicação social, tendo em vista um tratamento adequado da informação, a garantia de confidencialidade e credibilidade, regulamentando esta relação de modo a potenciar os efeitos da divulgação quando esta contribuir para a imagem da instituição e a minimizar esses efeitos quando potencialmente danosos.
O Bloco de Esquerda considera imprescindível que esta situação seja esclarecida e verificada. A confirmar-se a sua veracidade, o Bloco de Esquerda manifesta o seu total repúdio perante qualquer tentativa de coação de trabalhadoras/es, sejam as/os funcionárias/os da ULS do Nordeste sejam as/os jornalistas. A liberdade de opinião e a liberdade de imprensa são conquistas fundamentais que não podem ser cerceadas nem postas em causa sob qualquer pretexto.
O Bloco de Esquerda tem conhecimento de que as cerca de que as/os trabalhadoras/es da Unidade Local de Saúde do Nordeste não receberam os seus ordenados na data prevista, no corrente mês.
São cerca de duas mil as pessoas que exercem funções nos três hospitais, quinze centros de saúde, três serviços de urgência básica do distrito de Bragança e de Vila Nova de Foz Coa. Estas/es trabalhadoras recebem sempre os ordenados no dia 21 de cada mês; no entanto, no mês de março os salários não foram pagos na data prevista.
Como é evidente, as/os trabalhadoras/es têm compromissos e uma vida organizada tendo em conta o dia em que recebem o salário e um atraso causa naturais constrangimentos nas suas vidas.
O Bloco de esquerda considera fundamental que sejam esclarecidos os motivos que subjazem a este atraso, bem como que seja garantida a sua não repetição.
Atendendo ao exposto, e ao abrigo das disposições constitucionais e regimentais aplicáveis, o Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda vem por este meio dirigir ao Governo, através do Ministério da Saúde, as seguintes perguntas:
1. O Governo tem conhecimento da situação exposta?
2. A que se deve o atraso verificado no pagamento destes salários?
3. Quando vai ser regularizadaesta situação?
4. O Governo garante que esta situação não voltará a repetir-se?
O Bloco de Esquerda questionou o Governo através do deputado João Semedo.
Promovidas pelas Coordenadoras
Distritais do Bloco de Esquerda de Bragança, Vila Real, Viseu, Guarda, Portalegre, Beja e Faro, as Jornadas da Interioridade aprovaram a
seguinte:
CARTA REIVINDICATIVA DO
INTERIOR
Os activistas políticos e sociais reunidos em Viseu, a 17 de
Março de 2012, nas JORNADAS DA INTERIORIDADE, proclamam a sua vontade
inquebrantável de lutar por um futuro no interior de Portugal e resistir às
políticas “interioricidas” que aprofundam o atrofiamento económico, social e
demográfico das regiões menos desenvolvidas do nosso pais, onde não desistem de
viver, apesar dos contínuos apelos à emigração, e exigem do governo as seguintes
medidas urgentes:
1.Fim dos encerramentos de Serviços Públicos (serviços de saúde,
escolas, serviços de finanças, tribunais, estações dos CTT e outros) que, por
diminuírem a qualidade de vida das populações, levam ao despovoamento das
aldeias, vilas e cidades mais recônditas;
2.Anulação dos aumentos das taxas moderadoras para que as populações
do interior e em particular as franjas mais vulneráveis, como os idosos, não
sejam condenadas a morrer por falta de assistência médica, devido a estas
“portagens” que lhes limitam o acesso aos hospitais e centros de saúde, quando
cada vez mais lhes escasseia o dinheiro para pagar os aumentos do IVA, dos
medicamentos, dos transportes, do gás e da electricidade;
3.A suspensão das portagens nas “auto-estradas SCUT” sem
alternativas viáveis (A25, A24, A23 e A22), acabando com este atentado ao
direito à livre circulação que não só prejudica seriamente serviços públicos,
como os prestados pelos bombeiros, como encarece os custos de transporte das
mercadorias que consumimos e dificulta o escoamento dos produtos regionais,
pondo em risco muitas micro e pequenas empresas agrícolas, industriais e
comerciais, alem de também prejudicar o turismo;
4.A construção de uma via de comunicação estruturante que ligue
Montalegre, Chaves, Vinhais e Bragança;
5.Defesa do direito das populações, dos organismos públicos e
empresas do interior ao acesso democrático às novas tecnologias, ao sinal
digital e a TDT, promovendo a info-inclusão;
6.Investimento público que promova o desenvolvimento sustentável do
interior e discriminação fiscal para as empresas com principal actividade
sediada no interior, no sentido da criação de emprego de modo a fixar as
populações, em particular os mais jovens;
7.Aumento do financiamento das universidades e dos institutos
politécnicos, que constituem importantes pólos de desenvolvimento do Interior,
para impedir o aumento da propina máxima proposto pelo CRUP, bem como o reforço
da acção social escolar, mormente das bolsas de estudo, de modo a estancar o
dramático abandono escolar de milhares de estudantes do ensino superior;
A deputada Catarina Martins, questiona Governo, pelo afastamento da tutela da Cultura do processo Foz-Tua!
Em declarações à imprensa, o secretário de Estado da Cultura, Francisco José Viegas, disse desconhecer o projeto do arquiteto Souto de Moura para a central da barragem de Foz Tua e afirmou ainda que todos os pareceres da tutela da cultura sobre esta barragem foram negativos.
A barragem de Foz Tua, como já foi afirmado pela UNESCO, põe em perigo a classificação do Alto Douro Vinhateiro como Património da Humanidade. O Governo, quando se conheceu o parecer desta entidade internacional, afirmou que iria enveredar todos os esforços para preservar esta classificação. Mas a notícia de que a tutela da Cultura foi afastada e mesmo ignorada em todo este processo demonstra o contrário.
Atendendo ao exposto, e ao abrigo das disposições constitucionais e regimentais aplicáveis, o Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda vem por este meio dirigir ao Governo, através do Ministério da Economia e do Emprego, as seguintes perguntas:
A Comissão Coordenadora do Bloco de Esquerda de Bragança no
passado mês de Janeiro anunciou em comunicado de imprensa que não se ia calar e
que estava a preparar formas de luta para defender os Transmontanos, como na
defesa do interior e por um futuro no interior, contra o interioricídio, foi
preparado em conjunto com as distritais de Vila Real, Viseu, Guarda, Viseu,
Castelo Branco, Portalegre, Évora, Beja e Algarve, as Jornadas da
Interioridade, que terão lugar em Viseu no próximo dia 17 de Março.
Durante as Jornadas da Interioridade, serão abordadas as
problemáticas associadas à cultura e Serviços Públicos, Ambiente e Mobilidade,
Desenvolvimento e Democracia Local.
A iniciativa terá o seu início pelas 10 horas, com a inauguração
da Exposição “Rostos Transmontanos” de Paulo Patoleia, sendo seguida pela
projecção do documentário “Terra de Sonhos – Novos Rurais” de Nuno Leocádio,
findando a parte cultural da iniciativa, terá inicio o debate sobre Cultura e
Serviços Públicos, que contará com a presença do deputado João Semedo, de
Miguel Torres, dirigente associativo na ACERT – Tondela e com Luís Costa,
coordenador da Binaural/Nodar.